Primeira noite foi de enredos que exaltam cultura e ancestralidade
Primeira noite foi de enredos que exaltam cultura e ancestralidade
Na quinta-feira, 20/03, aconteceu a primeira noite
dos desfiles do Carnaval fora de época de Uruguaiana. Em 2025, a
festa completa 20 anos desde sua primeira edição fora do período festivo
tradicional. A abertura foi dada na Passarela do Samba, em frente ao Camarote
Oficial da Prefeitura. Seis agremiações disputam o troféu de campeã, com cada
uma desfilando duas vezes. Na primeira noite, Bambas da Alegria, Os
Rouxinóis e Marduque entraram na avenida, enquanto
a Aliança do Samba foi a quarta a se apresentar, sendo a
única convidada a entrar na passarela.
Império Serrano e Vila Isabel cancelaram seus
desfiles horas antes de entrar na avenida por problemas internos. A Império
Serrano precisou desligar sua presidente devido à falta de transparência. A
Vila Isabel, que faria sua estreia, não declarou oficialmente o motivo do
cancelamento, mas em 22/03 publicou em suas redes sociais que conflitos
internos resultaram na demissão de algumas pessoas, o que pode ter influenciado
a decisão.
Conforme programado pela comissão de carnaval, os
desfiles começaram pontualmente.
Como
foi a noite:
A primeira escola a se apresentar foi Bambas da Alegria, com o enredo
"Cortejo aos Reis Negros". Com 1.000 componentes e três carros
alegóricos, a escola fez uma homenagem à ancestralidade africana, destacando a
força da mulher preta e a contribuição das religiões de matrizes africanas na
luta contra estigmas e preconceitos. A bateria, comandada por Jonas Soares e
Franco Atto, embalou os presentes com ênfase na resistência e no empoderamento
da mulher preta.
Logo em seguida, Os Rouxinóis desfilaram com o enredo "Ekobé Sepé - O
Enviado dos Ancestrais". Com 1.000 componentes e quatro carros alegóricos,
a agremiação prestou homenagem ao guerreiro indígena Sepé Tiaraju, com uma
exibição visualmente impactante e rica em cores e música. Durante o desfile, um
dos carros quebrou, afetando a fluidez da apresentação. A bateria, comandada
por mestre Everton Ramires (Sapuca), manteve a vibração do público, apesar do
contratempo.
A terceira escola a se apresentar foi a Ilha do Marduque, com o enredo
"Mais Uma Estrela Só Depende de Nós". Com 1.200 componentes e quatro
carros alegóricos, a agremiação fez uma viagem pelo cosmos, utilizando azul,
branco e vermelho, além do símbolo do Faraó. O desfile impressionou pela
grandiosidade e pela energia transmitida pelo intérprete Igor Sorriso. A Ilha
do Marduque estourou o tempo limite, precisando apressar a bateria ao final para
concluir o desfile dentro do horário.
Por último, a Aliança do Samba se apresentou como convidada, retornando
após 5 anos desde seu último desfile, com o enredo "Oyá Reescrevendo a
História". Embora o público fosse menor, a agremiação manteve sua tradição,
destacando a ancestralidade e a fé em cada passo. A presença da Rainha de
Bateria e da Madrinha de Bateria deu um brilho especial à apresentação,
fortalecendo a conexão com o público.
Nota: Jorge Alexandre Aragão
Jornalista Free Lancer E o correspondente do Diván Na cidade de Uruguaiana Brasil
Comentarios
Publicar un comentario